Operação cumpre mandados contra grupo suspeito de criar ‘falsa central’ de banco para aplicar golpes
21/11/2024
Suspeitos causaram prejuízo a 27 vítimas goianas no valor de cerca de R$ 200 mil. São cumpridos mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Recife. Operação da Polícia Civil de Goiás cumpre mandados contra grupo suspeito de criar ‘falsa central’ de banco para aplicar golpes
Divulgação/PC-GO
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) faz, nesta quinta-feira (21), uma operação para cumprir 95 mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados contra um grupo suspeito de operar uma falsa central bancária para aplicar golpes em clientes. Segundo a PC-GO, os criminosos causaram prejuízo de cerca de R$ 200 mil a 27 vítimas goianas.
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O g1 não localizou a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem. O nome do banco não foi divulgado.
Ao todo, são cumpridos 58 mandados de busca e apreensão e 37 de prisão em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Recife (PE). A ação é conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF), com apoio das Polícias Civis dos estados envolvidos.
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A investigação começou a partir do relato de uma vítima que recebeu uma mensagem de uma suposta central bancária informando sobre uma compra fraudulenta feita com o cartão dela. Os golpistas alegaram que, caso a vítima não reconhecesse a transação, deveria entrar em contato pelo número indicado. Nesse momento, a fraude era consumada.
Como o golpe era aplicado
Os golpistas abordavam as vítimas por SMS, e-mail, ligação ou aplicativos de mensagens, alegando que uma compra fraudulenta havia sido identificada em sua conta bancária ou cartão de crédito. Em seguida, orientavam que, caso a compra não fosse reconhecida, a pessoa deveria ligar imediatamente para a suposta central, cujo número "0800" constava na mensagem.
Quando a vítima ligava, era atendida por uma central telefônica que simulava um atendimento bancário real, com direito a músicas de espera e opções de canal de atendimento, semelhantes às dos bancos legítimos.
As vítimas eram convencidas a registrar uma chave PIX para o estorno dos valores da suposta compra fraudulenta. Em alguns casos, também eram instruídas a instalar um aplicativo de acesso remoto. Ao seguirem essas orientações, as vítimas, sem perceber, realizavam transferências via PIX ou concediam aos criminosos controle total sobre seus dispositivos. A partir disso, o grupo subtraía os valores diretamente das contas bancárias.
Somente após a consumação do golpe as vítimas percebiam que foram enganadas.
Linhas telefônicas fraudulentas
A partir do número "0800" usado pelos criminosos, a investigação identificou outras 449 linhas usadas pelo mesmo grupo. Além das 27 vítimas goianas identificadas nesta fase inicial da operação, outra centena de vítimas em todo o país também foi localizada e será incluída nas etapas seguintes da apuração.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato em sua modalidade de fraude eletrônica, furto mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem alcançar até 29 anos de prisão, além de multa.
A Polícia Civil de Goiás orienta a população a desconfiar de contatos inesperados relacionados a compras ou transações bancárias. A recomendação é procurar diretamente a agência bancária de confiança para verificar a veracidade das informações. Além disso, a instituição reforça a importância de registrar um boletim de ocorrência ao identificar qualquer tentativa de golpe.
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